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Análise: Os desafiopag bet -s para as forças populares no segundo

As eleições de 2022 trouxeram fatores inesperados e novas reflexões para as organizações e movimentos populares. O clima das últimas semanas antes da votação,áliseOsdesafiosparaasforçpag bet - de acordo com as principais pesquisas, apontava uma possível vitória de Luiz Inácio Lula da Silva ainda no primeiro turno.

A força dos comícios de Lula nos três estados do sul do país, tradicionalmente conservadores, o clima de manifestações espontâneas nas ruas do Nordeste, o apoio em peso de artistas, influencers digitais e músicos ajudaram nesse sentimento aparente.

Lula venceu no primeiro turno, com 48,4% e mais de 57 milhões de votos, faltando somente 1,57% para decidir no primeiro turno. Foi a maior votação que um presidente já recebeu no primeiro turno. Segundo os institutos, Bolsonaro teria entre 37% e 41%. Mas ele ficou em segundo com 51 milhões e 43,2% - superando o “terço” do eleitorado que, em média, há quase três anos, parecia ser o seu limite. O atual presidente terminou 5,23% atrás de Lula, 6,2 milhões de votos a menos.

Ataques a instituições e institutos  

Da crítica ao Judiciário, Bolsonaro e seus seguidores vieram com tudo criticar os institutos de pesquisa, que de fato não haviam apontado a migração de votos na reta final do pleito.

Porém, especialistas apontaram que, mais que um possível erro de amostragem, durante a semana houve migração de eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) para Bolsonaro. Ocorreu também de, nas pesquisas, muitos não afirmarem voto no atual presidente, no contexto de Bolsonaro ter declarado guerra contra os institutos em nome de um inexistente “Datapovo”. Fala-se inclusive sobre a possibilidade de recusa dos apoiadores de Bolsonaro em participar das pesquisas.

PT maior na Câmara. No Senado, Bolsonaro amplia

No mapa (veja abaixo) e nos números, temos um país dividido. Lula apoiou seis nomes a governo do estado que venceram no Norte e Nordeste (AP, CE, MA, PA, PI, RN), enquanto candidatos apoiados por Bolsonaro – com o apoio da máquina pública, do orçamento distribuído no Congresso e com o fato de ser o atual presidente -, venceram em nove estados (AC, DF, GO, MG, MT, PR, RJ, RO e TO).


Divulgação

Lula venceu em importantes regiões metropolitanas de São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte, Belém. Já Bolsonaro teve predomínio em diversas cidades do interior. O PT, com o bom resultado de Lula, ampliou sua bancada na Câmara dos Deputados de 56 para 68 deputados. Com isso, no plano geral, a esquerda mantém posições, mas segue sem maioria na Câmara, atingindo 125 cadeiras.

Já o Partido Liberal, de Bolsonaro, passará a ter a maior bancada da casa a partir do ano que vem, com 96 representantes. No cômputo geral, serão possivelmente 362 parlamentares governistas e possivelmente 150 na oposição.

Um fator central que está em disputa neste momento envolve cerca de 40 milhões de possíveis votantes. No primeiro turno, houve uma abstenção alta, de 20,9% do eleitorado, enquanto 4,4% representaram brancos e nulos.

Um Senado e seus perigos

Se o cenário na Câmara alterou pouco, no Senado reside uma das grandes preocupações para o próximo período. Nesta casa, o atual presidente saiu mais fortalecido. Houve a eleição de pelo menos 14 senadores afinados com suas pautas.

Uma das avaliações de lideranças é que, com isso, se fosse eleito, Bolsonaro teria espaço para tentar privatizações de empresas públicas que hoje são essenciais, caso dos Correios. Além disso, intensificaria os ataques contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Desafios

Em documento, a coordenação da campanha nacional do PT aponta como prioritária a disputa de votos em Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Valério Arcary, historiador, analista político e dirigente do PSOL, diz que as pessoas precisam estar conscientes do risco neste momento, que poderia levar a esquerda a uma derrota histórica, que poderia custar toda uma geração. “O momento é gravíssimo, é preciso focar a campanha nos trabalhadores, sobretudo o segmento assalariado de 2 a 5 salários mínimos, base de muitos sindicatos”, aponta.

O Paraná, em particular, também tem importância devido ao fato de que o candidato do PT, Roberto Requião, teve 765 mil votos a menos que Lula, o que mostra espaço para avanço. Em Curitiba, reunião recente da campanha de Lula voltada a movimentos populares identificou pontos e votação de acordo com cada bairro. O que exigirá participação da sociedade. Uma das ideias é realizar encontros por bairro com toda a população disposta a votar em Lula, distribuindo materiais e pensando em ações de campanha. O foco são as ruas. 

Fonte: BdF Paraná

Edição: Frédi Vasconcelos e Lia Bianchini


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