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O Imperialbbrbet -ismo na Sua Essência

A agenda imperialista continua a fazer-se sentir em África através da interferência das potências globais. Não só as nações ocidentais,bbrbet - mas também, e cada vez mais, as nações não ocidentais e as empresas transnacionais impõem, amiúde, acordos comerciais nocivos e preconizam políticas neoliberais que prejudicam as economias locais e fomentam a dependência no capitalismo global. Essas pressões económicas lesam a autonomia das nações africanas e perpetuam um ciclo de dependência na ajuda estrangeira.

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A ascensão de governos populistas, autocráticos e não democráticos por todo o continente africano é uma tendência consternadora. Alguns desses regimes nasceram da colaboração com as potências ocidentais e o capitalismo global ou surgiram sob a influência dos mesmos e, apesar de reivindicarem virem dar poder às classes capitalistas locais, a história já comprovou que essas elites estão intimamente ligadas aos capitalistas globais aos quais servem. É evidente que essa situação não só exacerba a desigualdade, como também funciona como um travão ao progresso verdadeiro e à autodeterminação económica das nações africanas.

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Não há como negar a persistência do extrativismo como paradigma de desenvolvimento dominante no continental, um modelo que, controlado e supervisionado pelas transnacionais (TNC), consiste na exploração abusiva dos recursos minerais e, consequentemente, à acumulação de capital à custa das comunidades locais da periferia do mundo.

Na África Austral (e no Sul Global, mais genericamente), esse fenómeno manifesta-se na perpetuação de uma dependência na exportação de mercadorias, como culturas de rendimento e minerais, em detrimento de produção para responder às necessidades das populações e respeitar o ambiente. Normalmente, as empresas transnacionais beneficiam do apoio de acordos de comércio e energia que lhes facultam uma certa medida de impunidade e lhes permitem perpetrar os mais variados crimes económicos, incluindo fluxos financeiros ilícitos, evasão remuneratória e outras práticas danosas. Esses acordos proporcionam às transnacionais condições favoráveis que lhes permitem contornar as normas nacionais com o mínimo de penalizações. A anulação das condições conducentes ao exercício do poder e da impunidade das empresas transnacionais gera um meio favorável à instabilidade, ao conflito e, até, a conflagrações mais graves.

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Os desenvolvimentos na África Ocidental/no Sael

O declínio das aspirações democráticas no Sael está intimamente ligado à influência de longa data do sistema françafrique. Os interesses geopolíticos e as disputas entre o "Ocidente" e a Rússia complicam tudo, originando acontecimentos desestabilizadores como golpes de estado, por exemplo, o que ocorreu recentemente no Níger, cujo presidente, Mohamed Bazoum, foi deposto.

Embora os golpes militares contradigam claramente os princípios democráticos e não sejam recomendáveis, a situação no Níger tem contornos muito específicos. Trata-se de uma ação militar aparentemente apoiada pela população em geral, desejosa por acabar com uma relação prejudicial entre o país e a França e, portanto, que parece ter motivações legítimas. Essa ligação entre o Níger e a França, sobretudo no que respeita à exploração dos recursos minerais e, mais especificamente, ao urânio, demonstra ser a principal preocupação.

O manifesto apoio de um grande segmento da população denuncia uma insatisfação generalizada com a presença da França, cuja presença se justifica apenas e só pela necessidade dos recursos naturais, em particular, o urânio, para garantir a sua própria estabilidade energética.

Há quem sugira que uma guerra é iminente na região, desencadeada pelos acontecimentos no Níger. Com efeito, a França e algumas nações da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) suas aliadas manifestaram interesse numa intervenção militar no país, sob o pretexto de restaurar a ordem democrática e reinstalar Mohamed Bazoum no poder.

Por outro lado, o atual governo marcial no Níger e outros governos de países que sofreram recentemente golpes militares idênticos contra líderes com simpatias pela França, como o Mali e o Burkina Faso, demonstraram-se dispostos não só a intervir, mas também a ajudar o Níger a defender a sua integridade territorial, opondo-se a qualquer tentativa de interferência armada por parte do estrangeiro.

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