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Década sem Mandela-bbrbet cassino - o legado vivo do ícone sul-africano

No último dia 5 de dezembro,écadasemMandelaolegadovivodoíbbrbet cassino - a Campanha Global pelo Retorno à Palestina, com o apoio do deputado Madlas Mandela (Congresso Nacional Africano), fez uma homenagem ao líder sul-africano que amargurou 27 anos nas prisões do regime do apartheid. A ocasião faz referência aos dez anos da morte de Nelson Mandela.

Membros de diferentes organizações políticas, sociais e humanitárias, além de lideranças religiosas cristãs, judaicas e muçulmanas, reuniram-se para uma convenção internacional em Joanesburgo. Eles depositaram flores aos pés da estátua gigante de "Madiba", localizada na entrada dos prédios do parlamento e do governo da África do Sul.

Apesar da presença do deputado e neto de Mandela, Madlas Mandela, policiais fecharam os portões do local, impedindo o livre acesso da marcha pacífica que se dirigia ao monumento. Após uma hora de negociação com o governo e o parlamento, a entrada dos internacionalistas foi liberada. Eles discursaram e deram entrevistas para TVs do Líbano, Irã e África do Sul, comparando a luta contra o apartheid sul-africano à luta do povo palestino contra o apartheid de Israel.

Membros de diversas organizações palestinas prestigiaram a manifestação e confirmaram o desejo de estreitar cada vez mais as relações de amizade e solidariedade com o povo, o parlamento e o governo sul-africano. Segundo eles, o objetivo é "construir um mundo de paz, de justiça e de cooperação entre os povos".

Muitas das lideranças reafirmaram que uma paz justa e duradoura na Palestina será o resultado do fim do colonialismo israelense e da derrota do sionismo. O coordenador da Campanha Global pelo Retorno à Palestina, Sheikh Youssef Abbas, leu diante da estátua de Nelson Mandela a declaração final da 5ª Convenção Internacional da Campanha, realizada entre 3 e 4 de dezembro, em Joanesburgo. Na declaração, os participantes pedem o cessar-fogo imediato, o fim dos bombardeios israelenses, a retirada das Forças militares israelenses da Palestina, o fim do bloqueio à Gaza e reafirmam o direito do povo palestino de resistir em sua luta justa por independência nacional e justiça social.

Sheikh Youssef e outras lideranças políticas, sociais e religiosas defenderam veementemente mudanças imediatas no tratamento dado pela mídia e pelo mundo ocidental aos palestinos, que muitas vezes são chamados de "terroristas", quando, na verdade, estão apenas exercendo o seu direito inalienável de qualquer povo: ter liberdade, justiça social e independência nacional. Eles também disseram que o povo palestino está dando um basta em 75 anos de humilhações, perseguição, racismo, genocídio e limpeza étnica praticados pelos sucessivos governos israelenses.

A declaração e os discursos também mostraram que Israel nunca reconheceu ou aceitou a possibilidade de dois Estados e que, hoje, o povo palestino quer construir, passo a passo, um processo de luta e transformação social e política que leve à existência futura de um único Estado da Palestina, do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo, onde judeus, cristãos e muçulmanos possam viver em paz e com igualdade de direitos.

A homenagem a Nelson Mandela foi um ato internacional contra o racismo e todo regime baseado no apartheid.

Segundo representantes da delegação brasileira presentes, o ato foi muito simbólico e importante, principalmente pela entrega oficial da declaração da 5ª Convenção Internacional da Campanha Global pelo Retorno à Palestina à ministra Lindiwe Zulu, que reafirmou o compromisso do governo com a resolução pacífica de conflitos e com uma política de paz e justiça para todos os povos.

Para Gabriela Ortega, da Associação Cultural José Martí da Baixada Santista, SP, e da Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP), "a importância dessa homenagem é por ser num país que viveu por décadas sob o regime do apartheid, situação que também ocorre com os palestinos, vítimas de um genocídio praticado por Israel. Mandela foi um líder na luta contra o apartheid sul-africano, e seu neto se tornou um líder na luta contra o apartheid de Israel."

Já André Dutra, da Campanha Global pelo Retorno à Palestina-Brasil, considera que "fortalecer a luta do povo palestino e do povo sul-africano contra o racismo e o apartheid estimula a união entre todas as pessoas e organizações que desejam um mundo de paz e justiça nas relações internacionais".

Avalio como muito vitoriosa a realização desse encontro entre palestinos, lideranças do mundo árabe e islâmico, africanos, latino-americanos, canadenses, estadunidenses e outras nacionalidades, pois é a busca pela integração das lutas anticolonialistas e anti-imperialistas existentes na região do Sul Global.

O mundo todo segue na solidariedade ao povo palestino, que hoje representa algo semelhante ao que foi o Vietnã no passado, um exemplo de ousadia e de coragem que mostrou ser possível a derrota da política criminosa do governo dos EUA e seus aliados. Assim como o povo do Vietnã conquistou sua liberdade e independência, a Palestina também será livre, do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo.

Marcelo Buzetto é autor do livro A Questão Palestina

Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Rodrigo Durão Coelho


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