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O Impeachment Preonlinecasinounitedkingdom -sidencial- Motivos e Consequências

O Equador vive em profunda crise política,onlinecasinounitedkingdom - econômica e social, cujas origens remontam ao início do governo do ex-presidente Lenín Moreno. Eleito pelo mesmo movimento que Rafael Correa, embora tenha traído o partido, a ideologia e seu plano de governo após seis meses de poder, Moreno fez uma virada radical à direita e aplicou todas as medidas neoliberais clássicas, isto é, o receituário do Consenso de Washington.

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Durante o governo Moreno, o país fez um programa de ajuste estrutural após acordo de financiamento com o FMI; priorizou pagar a dívida externa antes de investir em políticas públicas, até mesmo durante a pandemia, o que resultou numa das maiores taxas de mortes do mundo; aprovou uma Lei de Desenvolvimento Produtivo que retirou os elementos redistributivos e a capacidade do Estado de intervir na economia, cortou subsídios aos combustíveis atrelando seu preço ao mercado internacional e tentou privatizar instituições e empresas públicas.

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Assim como aconteceu com outras lideranças da região, mas especialmente com o presidente Lula no Brasil e a vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, Moreno desencadeou uma perseguição política implacável contra Rafael Correa, o presidente progressista do Equador entre 2007 e 2017, bem como contra muitos outros quadros políticos de seu movimento usando o lawfare como principal arma.

Sob a bandeira do antipopulismo, que ganhou legitimidade e consenso social com a consulta popular de 2018, as velhas elites fizeram os maiores esforços para impedir qualquer ação política da Revolução Cidadã (RC), o movimento de Correa. O partido político da RC, chamado de Alianza País, foi expropriado por Moreno e seus capangas que, depois, impediram por três anos que a RC criasse um outro partido.

Guillermo Lasso, eleito presidente em 2021, continuou na mesma linha de Moreno: políticas econômicas neoliberais e desmonte do Estado, perdendo muita capacidade de administrar serviços e de responder à sociedade. Uma parte da mesma burocracia, que foi "correísta", acompanhou Moreno e Lasso no processo de desmonte.

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Moreno e Lasso também reprimiram de forma muito mais autoritária e violenta os protestos populares, especialmente as fortíssimas manifestações de outubro de 2019 e junho de 2022, com ampla participação popular e lideradas pelo movimento indígena. Após o fim da última ditadura no país (1979), nunca houve tantos mortos em protestos populares - 11 e 7, respectivamente.


Indígenas marcham em direção à Casa de la Cultura em Quito, em 24 de junho de 2022 / Cristina Vega RHOR/AFP

Durante esses dois governos a fome, a pobreza e a desigualdade aumentaram, o que pode ser explicado, em parte, pelas condições mundiais: queda do preço do petróleo, que é o principal produto de exportação do Equador, a pandemia de COVID-19 mas, sobretudo, pelas próprias políticas dessas gestões à frente do país latino-americano. Apenas 32,5% da população equatoriana tem o que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) define como emprego decente. Além disso, a pobreza aumentou de 22% em 2017 para 32% em 2021.

Deterioração Econômica e Migração

No Equador, a migração ao exterior em busca de oportunidades tem sido uma constante nos últimos 50 anos, mas esse processo se acirra e se transforma num verdadeiro "êxodo" nas crises econômicas. E isso é o que está acontecendo agora. Devido à destruição do Estado, não há dados atuais e confiáveis de migração, mas estima-se que apenas entre 2021 e 2022, 190 mil pessoas emigraram, ou seja, 1% da população do país - cerca de 17 milhões de habitantes.

Dados compilados em um relatório do Ministério das Relações Exteriores do Equador apontam que, entre 2016 e 2018, 120 mil equatorianos viajaram para o México e não retornaram. Em 2018, 2.000 equatorianos foram detidos enquanto tentavam atravessar a fronteira entre México e EUA, número que cresceu em mais de 40.000 nos primeiros seis meses de 2021. A estimativa é que a cada pessoa detida, três conseguem atravessar a fronteira.

Segundo dados do Banco Central do Equador, as remessas - recursos enviados por imigrantes a seus países de origem - cresceram num ritmo vertiginoso como consequência da migração, alcançando em 2021 US$ 4,3 bilhões, o equivalente a 3,45% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 30,7% em relação ao ano de 2021. Em dezembro de 2022 o montante chegou a US$ 4,74 bilhões, 8,7% a mais do que no ano anterior, chegando a uma fatia de 4,09% do PIB.

Aumento da Criminalidade

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