Cassino 1995: A História Não Contada

Em 1995,óriaNãbbrbet mines - um incêndio devastador assolou o Cassino Grand Palais, em Cassino, no Rio Grande do Sul. O evento deixou 332 vítimas fatais e marcou profundamente a história da cidade e do Brasil.

Até hoje, o incêndio de Cassino permanece envolto em mistérios e controvérsias. O documentário "Cassino 1995: A História Não Contada", lançado em 2020, traz à tona novas evidências e lança luz sobre aspectos pouco conhecidos do caso.

O documentário foi dirigido por Eryk Rocha e é baseado em uma investigação de quase duas décadas realizada pelo jornalista Rogério Ferri. Ferri entrevistou sobreviventes, familiares das vítimas, bombeiros e policiais, reunindo um vasto material que desafia a versão oficial dos fatos.

Uma das principais revelações do documentário é a possibilidade de o incêndio ter sido criminoso. Ferri apresenta evidências de que um grupo de empresários locais poderia ter incendiado o cassino para obter lucro com as indenizações do seguro.

Além disso, o documentário denuncia a negligência e a falta de fiscalização por parte das autoridades. O cassino operava sem alvará de funcionamento e com graves falhas de segurança, como ausência de extintores de incêndio e rotas de fuga insuficientes.

Outra questão levantada pelo documentário é a lentidão e a má condução das investigações policiais. Os peritos responsáveis pela perícia técnica do incêndio foram acusados de negligência e omissão. Como resultado, a verdadeira causa do incêndio nunca foi esclarecida.

"Cassino 1995: A História Não Contada" também retrata o drama vivido pelas vítimas e seus familiares. O incêndio deixou um rastro de dor e sofrimento que perdura até hoje. Os sobreviventes lutam contra sequelas físicas e psicológicas, enquanto os familiares das vítimas buscam justiça e uma explicação para a tragédia.

O documentário é um importante registro histórico que resgata a memória das vítimas do incêndio de Cassino e denuncia as falhas e omissões que levaram à tragédia. Além disso, o filme lança luz sobre a complexa trama política e econômica que envolveu o caso, contribuindo para a compreensão das causas e consequências do maior incêndio da história do Brasil.

A Luta por Justiça

Desde o incêndio, familiares das vítimas e sobreviventes têm lutado por justiça e indenização. Em 2006, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região condenou o Estado do Rio Grande do Sul e o município de Cassino a indenizar as vítimas. No entanto, os valores pagos foram considerados insuficientes pelos sobreviventes e familiares.

Em 2017, a Comissão Nacional da Verdade concluiu que o incêndio de Cassino foi um "crime de Estado" e recomendou a reabertura das investigações. A recomendação, no entanto, não foi atendida pelas autoridades competentes.

Até hoje, a luta por justiça e indenização continua. Os sobreviventes e familiares das vítimas aguardam o esclarecimento da verdade e a punição dos responsáveis pela tragédia.

O Legado do Incêndio

O incêndio de Cassino deixou um legado de dor e indignação. O evento serviu como um alerta sobre a importância da fiscalização e da segurança em locais públicos. Além disso, a tragédia expôs a fragilidade das instituições públicas e a impunidade que muitas vezes impera no Brasil.

Apesar da dor e do sofrimento causados pelo incêndio, a luta por justiça e a memória das vítimas continuam vivas. O documentário "Cassino 1995: A História Não Contada" é um importante passo na busca pela verdade e na luta pela responsabilização dos culpados.