O dilema dos despejos em massa no Brasil
O dia 30 de junho marca o fim da vigência da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os despejos no Brasil por causa da pandemia. A partir do dia seguinte,érminodesuspensãlobo888 saque - de acordo com a Campanha Despejo Zero, cerca de 142.385 famílias em todo o país correm o risco de perderem suas casas. Isso equivale a cerca de meio milhão de pessoas.
Manifestações pela prorrogação da suspensão
Movimentos sociais do campo e da cidade estão convocando atos por todo o Brasil nesta terça-feira (21) para reivindicar a prorrogação da suspensão até o fim do ano. Segundo Benedito Barbosa, da União de Movimentos de Moradia de São Paulo (UMM-SP), haverá manifestações em todas as regiões do país.
Dados alarmantes
Dados da Campanha Despejo Zero atualizados em 31 de maio apontam que, entre as pessoas com risco iminente de perderem suas casas, 97.391 são crianças e 95.113 são idosos.
O contexto da contagem regressiva para os despejos em massa é preocupante: as contaminações por covid-19 estão crescendo, a fome e a pobreza estão aumentando e a população vivendo abaixo da linha da pobreza bateu recorde.
"Panela de pressão prestes a estourar"
Para Dito Barbosa, a situação é como a de uma "panela de pressão" prestes a estourar. "Os proprietários pressionam pelas reintegrações de posse, a Polícia Militar, os oficiais de justiça também pressionam para cumprir as ordens judiciais e, por outro lado, as famílias e movimentos pressionam para que os despejos não aconteçam. Então, estamos em um momento muito tenso", resume.
Apesar do cenário tenso, a expectativa é positiva. "Temos que ter esperança. E estamos trabalhando para isso", afirma Barbosa.
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